03/08/2018 - 21:01

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Nova presidente valoriza o papel da Corregedoria

03/08/2018 - 21:01

Nova presidente valoriza o papel da Corregedoria

Nova presidente valoriza o papel da Corregedoria


Elevar a Corregedoria ao nível mais alto da administração do TRT-1, integrando- a, com a vice-Corregedoria, à Presidência e à vice-Presidência, para a formação de um só corpo gerencial. Este é o primeiro compromisso cumprido destacado pela nova presidente do tribunal, Maria de Lourdes Sallaberry.

O compartilhamento efetivo da administração do tribunal foi uma das principais propostas apresentadas por Sallaberry, que exerceu a Corregedoria nos dois anos anteriores. "É a administração do tribunal em primeira instância, por isso a elevamos ao status merecido. Já está integrada ao Conselho Gestor do TRT-1 e vamos procurar atendê-la em tudo o que for possível", disse ela, que nomeou o desembargador Fernando Antonio Zorzenon da Silva para o cargo. Em entrevista à TRIBUNA em outubro de 2010, quando era corregedora, Sallaberry avaliou que a cultura de tolerância vigente em administrações anteriores do TRT-1 era um dos principais fatores para o grande número de sentenças em atraso no Judiciário Trabalhista do Rio, em contraste à celeridade processual do TRT de Minas Gerais. A comparação entre os dois tribunais, com larga vantagem para os mineiros, fora apresentada pela Comissão da Justiça do Trabalho da OAB/RJ.

Na ocasião, a então corregedora defendeu a criação de mais núcleos do Grupo de Apoio Correcional às Varas do Trabalho, o Graco. Agora, informa que já mandou providenciar concurso interno para servidores a fim de compor novos núcleos de atuação e reforçar as equipes de varas problemáticas no arquivamento de processos, publicações e contadoria. O objetivo é nivelar a produtividade. Será instalada uma central de devolução de autos. A falta de servidores e de juízes, apontada pela OAB/RJ e pelo próprio tribunal como um dos entraves à celeridade processual, é outro problema que ela tenta resolver. "O Tribunal Superior do Trabalho constatou que nosso tribunal está com proporção abaixo da média de servidores quanto à demanda. Então, podemos criar mais cargos. Como isso depende de lei, faremos um levantamento e encaminharemos projeto à Câmara dos Deputados, creio que até setembro ou outubro". A abertura de concurso para preenchimento de vagas de magistrados também está em andamento. "Com todas as nossas dificuldades, e com menos servidores, obtivemos do Conselho Nacional de Justiça o primeiro lugar em solução de litígios entre os TRTs. Atingimos 60% das metas de 2010 e, se não cumprimos todas, acho que brilhamos dentro da nossa estrutura atual", avalia Sallaberry.

Sobre o relacionamento com a Seccional, ela diz que está indo bem. "Sou magistrada há rês décadas e o presidente Wadih tem quase 30 anos de advocacia. Amadureci na administração, fui vice-presidente, corregedora e agora vou cumprir mandato de presidência. O presidente da OAB/RJ está no segundo mandato, e tenho a impressão de que nossa relação institucional está amadurecida para críticas construtivas e mútua colaboração. A Ordem é um órgão de crítica e de reivindicação, e vamos atendê-la naquilo que for possível. Nós nos respeitamos".


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