19/11/2014 - 13:47

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No disco de estreia de Marina Iris, técnica e emoção em doses precisas

19/11/2014 - 13:47

No disco de estreia de Marina Iris, técnica e emoção em doses precisas

MARCELO MOUTINHO    
No decorrer do dia, Marina Iris dedica-se a alimentar as redes sociais da OAB/RJ, mantendo os advogados informados sobre as iniciativas da Seccional e as novidades da área jurídica. À noite, porém, seu trabalho é cantar. Seja nas muitas rodas de samba que se espalham pelo Rio de Janeiro, seja nos palcos de casas de samba como o Semente e o Carioca da Gema, onde cumpriu recentemente temporada de sucesso.
 
Marina acaba de lançar o primeiro CD. O disco leva seu nome e, sobretudo, confirma um talento. Nas 13 faixas, a voz grave da artista passeia por composições de promissores criadores da nova geração e bambas como a dupla Aldir Blanc/Moacyr Luz, além de canções da própria lavra - casos de Estreia, parceria com Manuela Trindade, e da singela Papagaio. O disco traz, também, uma regravação de Gilda, música em que Mário Lago e Erasmo Silva defendiam, já em 1946, a autonomia da mulher em um universo machista como o do samba.

Trata-se de um CD autoral no mais agudo sentido da palavra. Combinando técnica e emoção em doses precisas, Marina canta as dores e delícias da cidade. É uma cronista falando, em notas musicais, sobre seus afetos: o Rio dos encontros, das esquinas,  dos botequins.
 

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