19/11/2014 - 11:56

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Reforma política dá o tom e mobiliza advocacia na 22ª Conferência Nacional

19/11/2014 - 11:56

Reforma política dá o tom e mobiliza advocacia na 22ª Conferência Nacional

Compromisso com a reforma política, plebiscito entre os advogados sobre a eleição direta do presidente do Conselho Federal e cota de 30% para mulheres em cargos diretivos da Ordem foram algumas das principais propostas que resultaram dos quatro dias de intensos debates, palestras, reuniões e exposições que mobilizaram milhares de profissionais militantes, autoridades do Judiciário e do Executivo, expoentes nacionais e internacionais de todos os ramos do Direito, acadêmicos e estudantes participantes da 22ª Conferência Nacional dos Advogados, maior evento jurídico do país, este ano realizado no Rio de Janeiro pelo Conselho Federal com a OAB/RJ entre 20 e 23 de outubro.

“Foram 17.500 inscritos, e pudemos contar com verdadeiras aulas de História e de Direito. Saem mais fortes a advocacia e a nossa pauta. Faremos, no final de novembro, um ato pela mobilização da reforma política. O Brasil sabe que pode contar com a Ordem”, declarou o presidente da Seccional, Felipe Santa Cruz, no encerramento, assistido por um público estimado em cinco mil pessoas, no Riocentro.

Felipe agradeceu ao presidente do Conselho Federal, Marcus Vinícius Furtado, e ao vice-presidente, Cláudio Lamachia, pela “confiança na realização do evento pelo Rio de Janeiro”, aos presidentes das seccionais, “em especial à Bahia, que abriu mão da candidatura em favor da nossa”, aos dirigentes das subseções e aos conselheiros seccionais, nas figuras de Rainieri Mazzilli e Cristiano Fragoso, que “levam adiante a tradição de duas famílias importantes do Direito fluminense”.

Coube a Marcus Vinicius Furtado anunciar os resultados do encontro no âmbito nacional. “Colocaremos em discussão a proposta de uma cota de 30% para mulheres na direção de nossas entidades. Outra matéria que necessita de uma consulta à classe é a eleição da diretoria da OAB Nacional. Precisamos ouvir os colegas e convocar um plebiscito para decidir a implantação do pleito direto para presidente do Conselho Federal.”
Em breve discurso, Furtado agradeceu a presença de todos e a Felipe Santa Cruz. “Trata-se de um líder formado na luta, que tem em seu DNA a luta pela democracia. O Brasil tem uma dívida com a família Santa Cruz, porque seu pai, Fernando, desapareceu para nunca mais. Homenagear Felipe é uma homenagem à democracia brasileira”, disse.

A leitura da Carta do Rio de Janeiro ficou a cargo do ex-presidente do Conselho Federal Eduardo Seabra Fagundes. Entre os principais pontos do documento (leia a íntegra na página 13), consta a defesa de uma “reforma política democrática”, com destaque para maior representatividade popular e fim do financiamento privado de campanha.
 

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