O cacique Elpínio Pires, líder da etnia indígena Aty Guasu Guarani Kaiowá, o advogado do grupo, Luiz Elói, e outras representações reuniram-se no dia 6 de outubro com a Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ para denunciar o genocídio de tribos do Mato Grosso do Sul por fazendeiros da região. Em resposta aos relatos, a comissão lançou uma nota de repúdio e vai, segundo seu presidente, Marcelo Chalréo, agrupar forças para uma campanha internacional a fim de mobilizar as autoridades brasileiras para a questão.

Dados do Conselho Indigenista Missionários informam que nos últimos 12 anos 390 índios foram assassinados em Mato Grosso do Sul. A demarcação de terras é uma das principais questões que desencadeiam as ações. Diversos processos estão parados e, assim, 45 mil índios precisam viver em apenas 30 mil hectares, segundo informações da Agência Brasil. No caso da tribo do cacique Elpínio, a terra em que vivem já foi reconhecida pela Justiça como deles, mas a Fundação Nacional do Índio (Funai) não a demarcou e as incursões a mando de fazendeiros reclamando a posse são frequentes, segundo o relato.