11/11/2013 - 16:01

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O que você acha do projeto que instaura férias coletivas para a advocacia entre 20 de dezembro e 20 de janeiro?

11/11/2013 - 16:01

O que você acha do projeto que instaura férias coletivas para a advocacia entre 20 de dezembro e 20 de janeiro?

Antiga demanda da classe, a conquista de férias para a advocacia entrou em pauta novamente com a expectativa da votação, na Câmara dos Deputados, do novo Código de Processo Civil (CPC), que estabelece férias coletivas e a suspensão dos prazos processuais no período compreendido entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro de cada ano. A fim de saber a opinião dos advogados sobre a proposta, encampada pela OAB Federal e pela Seccional do Rio, a reportagem da TRIBUNA esteve no Fórum Central para perguntar a opinião dos colegas.
 
Acho a ideia muito boa, principalmente para os pequenos escritórios e os colegas que trabalham de forma autônoma, porque a gente não tem férias, de fato. A paralisação com a suspensão dos prazos é uma forma de nós podermos descansar sem a preocupação com as publicações, sem ter que ficar vindo ao fórum fazer diligência.
Selma Ximenes Alves, advogada, 40 anos

Nosso trabalho exige muita dedicação e acabamos tendo pouco tempo para nossas famílias. As férias são uma reposição física e psíquica de todos os trabalhadores. Portanto, se os outros têm, por que os advogados não podem ter? Acredito que este seja um direito simples, previsto até no princípio constitucional da dignidade da pessoa humana.
Haylton Ferreira Carneiro, advogado, 54 anos

À medida que o Fórum para, para também a movimentação processual, porque, na verdade, ele anda conforme a atuação contínua do advogado nas diversas varas. Quando há ausência do advogado, além da paralisação da Justiça, há também uma perda financeira para o profissional. Já temos os feriados que prejudicam nossa atuação, acho que deveria ser estudada alguma maneira de haver um retorno financeiro para o profissional.
Ernesto Ferreira Damasceno, advogado, 52 anos

O advogado normalmente não tem férias. A grande maioria trabalha sábado, domingo, feriado, todos os dias. Como eu trabalho por conta própria, realmente nem cogito tirar. Então, a época que consigo usufruir um pouco de descanso é mesmo a do recesso e, mesmo assim, se sai alguma publicação antes a gente tem que trabalhar. Seria muito interessante para o advogado ter um período maior de férias coletivas, o aumento do recesso vai beneficiar bastante o advogado.
Janai Almenida de Souza, advogada, 45 anos

As férias para o advogado são fundamentais porque o trabalho forense é muito desgastante. Nossa rotina também é cansativa e quando chega dezembro a gente já está funcionando praticamente no automático. Conversando com colegas, percebo que a melhor solução é mesmo instaurar férias coletivas para os advogados, para que possamos descansar, sair com a família. Sem dúvida é uma proposta muito boa para a nossa classe.
Filipe Zappala, advogado, 32 anos

Eu sou favorável às férias coletivas para os advogados conforme estabelece o projeto do novo CPC, mas desde que as férias coincidam com o recesso forense e também que o Poder Judiciário agilize os processos para chegarmos ao final do ano com os mandados de pagamento dos honorários. Não adianta tirar férias sem dinheiro, porque aí elas não são férias, são sofrimento.
Antonio Gilson de Oliveira, advogado, 64 anos

Todo trabalhador tem direito a férias. Não há porque o advogado, que também é trabalhador, não poder usufruir do seu período de descanso. Acredito que, para que nós realmente possamos recuperar nossas forças mentais e físicas e trabalharmos de forma eficiente, a adoção de férias coletivas com suspensão dos prazos é a melhor solução, pois é o caminho mais viável.
Haroldo Xavier Damasceno, advogado, 64 anos

A única coisa que pode garantir que o advogado realmente tenha férias é a paralisação dos órgãos. Fora isso, nós vamos estar sempre trabalhando. Portanto, acho essa medida inteligente e a melhor para que o profissional consiga parar também. Não acho que haveria prejuízo para a Justiça, pois é um modo de tornar viável que cada um se direcione para outras coisas, pessoais ou até mesmo profissionais, que no dia a dia não há como dar conta.
Thiago Saar, advogado, 26 anos
 

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