08/05/2013 - 16:52

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Como está o funcionamento do sistema eletrônico do TJ?

08/05/2013 - 16:52

Como está o funcionamento do sistema eletrônico do TJ?

Fechando o ciclo sobre o processo eletrônico, a reportagem da TRIBUNA foi saber, no Fórum Central, como anda o funcionamento do sistema do Tribunal de Justiça (TJ). Os advogados se dividiram entre críticas e elogios, porém foram unânimes em detectar instabilidade no site. A OAB/RJ recebe relatos de problemas com o uso do sistema através do email [email protected], para o qual deve ser enviada a imagem da tela do computador que indica indisponibilidade do processo eletrônico.

Quando não está fora do ar, o sistema do TJ funciona melhor do que o PJe-JT e o da Justiça Federal. Mas fica indisponível constantemente e não publicam aviso algum sobre a suspensão de prazos. Quando divulgam, já é tarde da noite e até lá ficamos assustados. Já tive necessidade de ficar tentando protocolar uma contestação o dia todo e só conseguir às 23h.
Josse Vale de Carvalho, advogada, 27 anos
 
O sistema é bem rápido, os juízes despacham logo. Pelo menos nos juizados, os casos estão sendo resolvidos em menos de um ano, enquanto no papel levava de dois a três. Às vezes demora um pouco para conseguirmos acessar, mas acredito que o problema é do site do tribunal. Na grande maioria delas, funciona normalmente.
João Francisco Marinho, advogado, 52 anos
 
Acho que a empresa de informática que escolheram é uma das piores, porque o sistema só vive fora do ar. Nós, advogados com mais idade, já temos dificuldade com o processo eletrônico, e ainda complicam mais. Já perdi processos, prazos, por conta da indisponibilidade do sistema. Nessas ocasiões, às vezes devolvem o prazo, mas às vezes não. Já que querem implantar, não basta prédio bonito, tem que colocar um sistema melhor.
Adélia Flores Monteiro, advogada, 57 anos
 
Está sendo prático, embora haja uma necessidade, que não é de agora, de algumas melhorias. Eu já uso há cerca de dois anos e é muito eficiente o peticionamento, a rapidez para que os próprios advogados possam dar desenvolvimento e andamento do despacho. Obviamente, quando há manutenção o sistema fica congestionado, mas entendo que é um momento de adequação. É um sistema muito prático e acredito que vai ser muito bom pra todos: cartórios, magistrados e advogados.
Paulo Sergio dos Santos Lopes, advogado, 49 anos
 
Há uma diferença absurda entre o PJe-JT e o sistema a que o TJ aderiu, de que eu gosto muito. No TRT estamos tendo muitos problemas, não só de indisponibilidade do sistema, mas também para anexar arquivos. Aqui, embora às vezes também tenha problema de indisponibilidade, eu consigo peticionar tudo, sem problemas. O arquivo anexado, no sistema da Justiça Estadual, pode ter peso maior, não temos que baixar programas para reduzir o tamanho. É um sistema muito superior.
Janai Almeida de Souza, advogada, 45 anos
 
A estrutura está deixando a desejar. Quando enviamos as petições, elas demoram de duas a três horas para serem recebidas no tribunal. Está difícil. Tem que melhorar muito para a gente chegar ao ideal. Não tenho tantos processos, mas não consigo ter sucesso no envio das petições nos poucos que tenho.
Wilmar da Silva Barreto, advogado, 53 anos
 
O processo eletrônico daqui foi bem elaborado e está sendo bem distribuído, mas as pessoas ainda têm que assimilar. Há dificuldade muito grande entre os advogados porque estávamos acostumados a lidar com o processo em papel, mas o sistema, em si, é excelente. Não tive nenhuma dificuldade em assimilar nada.
André Vicente Machado, advogado, 61 anos
 
 
Versão online da Tribuna do Advogado de maio/2013.
 

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