Como parte da política de transparência na gestão da Seccional, a entidade vai aderir a um sistema privado de compra coletiva via internet, análogo ao pregão eletrônico – modalidade licitatória utilizada pelo governo brasileiro para contratar bens e serviços (criada pela Lei 10.520/02 e regulamentada pelo Decreto 4.450/05). O objetivo é aumentar a quantidade de participantes e reduzir os custos, já que a ação é realizada em ambiente virtual.

“É fundamental que as instituições tenham transparência. Tomamos uma série de medidas nesse sentido, e a adesão ao sistema de pregão eletrônico é mais um passo na direção de uma gestão moderna e austera, que investe cada centavo da anuidade em benefícios para a advocacia, e com redução de custos para a Ordem”, diz o presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz.

O tesoureiro da entidade, Luciano Bandeira, reforça, ao anunciar a novidade, que o novo modelo de compras irá possibilitar redução de gastos. “O pregão eletrônico é um avanço no processo de modernização da administração, para produzir os melhores resultados para a advocacia, porque teremos bons prestadores de serviços pelo menor preço, alinhados com as atuais regras de governança corporativa”, afirma Bandeira. O sistema será implantado primeiramente na Seccional, e levado depois às subseções, por critério de tamanho.

A Ordem adere ao novo sistema através de convênio com a empresa Mercado Eletrônico, especialista em comércio B2B – (business to business), sigla utilizada no comércio eletrônico para definir transações comerciais entre empresas –, que desenvolve comunidades de compradores e fornecedores na rede. Segundo o diretor de canais, Paulo Rosanova, a Mercado faz a intermediação entre os fornecedores e os clientes, via plataforma online. “Criamos a solução em 1994, e desde 2000 estamos na internet aperfeiçoando o serviço.

 

Em 2016, movimentamos R$ 80 bilhões, atuando no mundo todo e com filiais nos Estados Unidos e em Portugal. Temos mais de um milhão de fornecedores ativos e cerca de 800 compradores que utilizam uma ferramenta, que está 100% na nuvem”, explica ele, garantindo uma economia de 20% a 40% dos preços. Para acessar a plataforma, cada comprador tem um login e uma senha que dão acesso apenas aos catálogos direcionados para cada cliente.

Informações do Ministério do Planejamento apontam que o sistema de pregão eletrônico existe em diversos países, com outros nomes, embora a experiência brasileira seja única, pela amplitude. Há iniciativas isoladas de sistemas de compras governamentais no México, em alguns estados nos Estados Unidos, no Chile e na Coreia do Sul, além do processo de implementação da medida na França.