11/07/2017 - 13:25

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Segurança no sistema metroviário pauta encontro

11/07/2017 - 13:25

Segurança no sistema metroviário pauta encontro

Os problemas de segurança do sistema metroferroviário no Brasil e, em especial, da concessionária MetrôRio, foram debatidos no encontro organizado em conjunto pelo Centro de Documentação e Pesquisa e pela Comissão de Direito Sindical da OAB/RJ, dia 8 de junho.

Diretor do Centro de Documentação e Pesquisa, Aderson Bussinger explicou que o tema chegou à Ordem pela denúncia de óbitos no sistema metroviário à Comissão de Direitos Humanos, da qual faz parte: “Percebemos que essa questão de direitos humanos também necessitava de um debate muito mais amplo, abordando a estrutura da segurança da empresa e um universo maior de responsabilidades e diretrizes”.

Presidente da Comissão de Direito Sindical, Rita Cortez iniciou o evento apontando que o Brasil está entre os países com os maiores índices de acidentes de trabalho e doenças provenientes. “É um problema geral que pode se agravar em setores específicos como este, em que o sistema falho de segurança leva até a casos de óbito.”

Advogado do Sindicato dos Metroviários do Estado do Rio de Janeiro (Simerj), Jair Giangiulio Junior questionou a atribuição de poder de polícia ao agente de segurança do metrô, relacionando-a à morte da condutora Elisangela Gomes Lima, atropelada no trecho entre as estações Central e Cidade Nova em 2014.
 
Na ocasião, a concessionária MetrôRio teria orientado os agentes de segurança a removerem o corpo de Elisangela dos trilhos e lavar o local, alterando a cena antes da chegada dos peritos. Além desta, outras denúncias já teriam sido apresentadas ao sindicato relatando o mesmo procedimento.

Presidente da Federação Nacional de Metroferroviários, Paulo Pasin observou que a necessidade de discussão sobre acidentes de trabalho, de forma geral, se acentua nessa situação: “No caso de quem presta um serviço público de alta tecnologia, é preciso ir além. Em São Paulo, por exemplo, transportamos no metrô cinco milhões de pessoas por dia. Qualquer acidente adquire uma dimensão que pode levar a uma tragédia”. 
 

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