05/05/2014 - 15:25

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Dica do Mês

05/05/2014 - 15:25

Dica do Mês

O universo e os afetos do Fazendeiro do Ar

MARCELO MOUTINHO

   
“A minha vida sempre foi orientada pelo fato de eu não pretender ser conde”, escreveu Rubem Braga em 1936. Pinçada de uma de suas primeiras crônicas, a frase sintetiza, talvez de forma involuntária, o estilo que o consagraria: um texto sem fraque e cartola, coloquial – e absolutamente sedutor. 

O universo de Rubem inclui a roça de sua infância, em Cachoeiro de Itapemirim (ES), e o cosmopolitismo do Rio de Janeiro, a alma das ruas da cidade e o voo dos passarinhos. Elementos que dão viço à exposição Rubem Braga – O Fazendeiro do Ar, em cartaz no Espaço Tom Jobim, dentro do Jardim Botânico, até 15 de junho.

Com curadoria do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, a mostra é dividida em seis módulos. As diferentes salas, cada uma com concepção visual específica, descortinam em fotos, correspondências, objetos e desenhos as diferentes faces do cronista, dos tempos de menino, passando pelo trabalho como correspondente de guerra, até desembocar no espaço que reproduz sua famosa cobertura em Ipanema. Palco de reuniões etílico-culturais com intelectuais e artistas, o terraço recriava o ambiente rural de Cachoeiro de Itapemirim, com plantas, árvores e até uma horta – daí o apelido de Rubem, que acabou dando nome à exposição. 

A mostra pode ser visitada de quarta a domingo, das 10h às 17h, com entrada franca.

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