19/07/2018 - 18:29

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Segurança pública realiza primeiro debate com pré-candidatos ao governo

19/07/2018 - 18:29

Segurança pública realiza primeiro debate com pré-candidatos ao governo

Os pré-candidatos ao governo do Rio de Janeiro Tarcísio Motta (Psol), Rubem César Fernandes (PPS) e Pedro Fernandes (PDT) estiveram na Seccional no dia 8 de junho para expor suas propostas para combater a violência e a criminalidade no estado. Promovido pela Comissão de Segurança Pública da OAB/RJ e pelo Instituto Brasileiro de Direito e Criminologia, o debate foi o primeiro da pré-campanha para as eleições. A segurança pública, alvo de intervenção federal desde fevereiro, centralizou o debate. Diretor do IBDC, Ubirajara Favilla abriu o evento citando dados devastadores. “O estado contabiliza 60 agentes de segurança mortos desde o início do ano. O sistema carcerário, programado para abrigar 27.400 presos, guarda 52 mil. A verba de R$ 1.2 bilhões que o governo Temer prometeu ainda não foi liberada”, disse. “Chega de promessas e blá blá blá. A segurança está falindo, a sociedade não aguenta mais”, disse.

O vice-presidente da CSP, Renato Teixeira, afirmou que o encontro fortaleceu a corrida eleitoral na medida em que os pré-candidatos puderam mostrar que políticas públicas elaboraram “para inovar e mudar essa triste realidade”. Integrou a mesa o vice-presidente da Caarj, Fred Mendes.

Primeiro a falar, Rubem César, antropólogo e fundador do Viva Rio, defendeu a permanência das Forças Armadas na segurança pública para além de dezembro. E disse que, caso fosse eleito, nomearia um general para a pasta, “para manter o elo com a intervenção”. Doutorando em Gestão, Pedro Fernandes enfatizou a necessidade de se sanear as contas do estado. “Um dano tão grande quanto a corrupção é a má gestão. A primeira frente para se combater a violência é essa. Há uma superconcentração de força na secretaria de Segurança, desestruturando as polícias militar e civil e a administração penitenciária, disse ele. Professor de História, Tarcísio Motta defendeu, para recuperar a arrecadação, acabar com a “criminosa política de incentivos fiscais” dos últimos anos.
 

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