03/08/2018 - 21:00

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Comissão de Política sobre Drogas vai priorizar jovens

03/08/2018 - 21:00

Comissão de Política sobre Drogas vai priorizar jovens

Comissão de Política sobre Drogas vai priorizar jovens

 

Reunir pessoas capacitadas para a prevenção e o combate às drogas e torná-las multiplicadoras de projetos por uma sociedade mais sadia é o objetivo da Comissão de Política sobre Drogas,  presidida pelo secretário-geral adjunto da OAB/RJ, Wanderley Rebello, e cujo lançamento ocorreu em 28 de maio. O grupo, integrado por advogados, especialistas e profissionais de diversas áreas, vai atuar com o foco voltado, principalmente, para crianças e jovens.

 

"São os mais vulneráveis", disse Wanderley, que criticou a  hipocrisia no tratamento do tema. "Não defendo a liberação de nada, mas por que se pode beber álcool e fumar cigarros, ambos causadores de dependência, e não se pode fumar maconha? Por que a juventude não pode consumir ecstasy e pode tomar vodka com redbull nas festas?",  perguntou, alertando para a importância da prevenção.

 

O secretário-geral da Seccional, Marcos Luiz Oliveira de Souza, representando o presidente Wadih Damous, destacou a relevância da iniciativa levando-se em conta o momento em que vivemos. Ele lembrou que, só no Centro, 880 crianças já estão catalogadas como dependentes do crack.

 

Já Mina Seinfeld de Carakushansky, presidente da Associação Brasileiros Humanitários em Ação e ex-secretária municipal de Prevenção à Dependência Química, enfatizou a importância de uma atuação integrada do Poder Público e da sociedade. Ela citou o exemplo da Suécia: "Com população de 9 milhões de pessoas, semelhante à do Rio, o país viveu uma epidemia de drogas nos anos 1960 e hoje tem a menor taxa de consumo da Europa, porque o problema foi tratado de maneira englobada, com prevenção, tratamento e repressão".

 

O produtor João Estrella - traficante que  deixou o mundo das drogas e cuja vida foi contada no livro Meu nome não é Johhny, de Guilherme Fiúza - disse que quer colaborar: "Tenho visto a entrada do crack nas cidades e até no campo, e comparo essa epidemia à da heroína na Europa. Chamo a atenção para a questão do álcool, também. A cachaça, pelo preço baixo e pelo mesmo efeito terrível, também é causa de doença, violência e acidentes. Em outra faixa econômica, o uísque e outras drogas lícitas são devastadores como a cocaína. A sociedade não pode ser hipócrita".

 

O grupo Bitetti Combat/MMA foi outro participante do lançamento, e prometeu apoiar o trabalho da comissão. Integraram a mesa, ainda, o superintendente da Polícia Federal no Rio, Angelo Gioya, o conselheiro e diretor da Caarj Ricardo Menezes e o membro-nato da Seccional Helio Saboya.

 


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