03/08/2018 - 21:00

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'A paciência com o TRT está se esgotando'

03/08/2018 - 21:00

'A paciência com o TRT está se esgotando'

'A paciência com o TRT está se esgotando'

 

 

Na posse de Ricardo Menezes como presidente da Comissão de Justiça do Trabalho,  Wadih afirma que, se não houver solução rápida para os problemas, a OAB/RJ vai recorrer ao CNJ

 

 

Patrícia Nolasco

 

"A paciência está se esgotando e, se não houver resposta satisfatória e solução rápida para os problemas enfrentados pelos advogados na Justiça Trabalhista do Rio de Janeiro, a OAB/RJ vai acionar o Conselho Nacional de Justiça e requerer providências". O alerta foi dado pelo presidente da Seccional, Wadih Damous, ao dar posse ao presidente, Ricardo Menezes, e aos membros da recém-criada Comissão da Justiça do Trabalho (CJT), em cerimônia que reuniu mais de 500 pessoas na sede da Ordem, no dia 17 de junho. Para dar mais agilidade e eficácia às ações do grupo, no que se refere ao respeito aos direitos dos advogados, seus integrantes serão também colaboradores da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas (Cdap).

 

"Ser advogado na Justiça do Trabalho virou um calvário, e o último ato do diálogo que vimos tentando, desde 2007, será o encaminhamento, pela comissão, de nova pauta de reivindicações ao presidente do Tribunal Regional do Trabalho. Se não obtivermos resultados, a conversa será em outro patamar. Vamos recorrer ao CNJ",  afirmou Wadih, ressalvando que a responsabilidade pelas deficiências não deve ser imputada a magistrados e servidores, mas a "anos e anos de problemas de gestão que levaram o TRT da 1ª Região a ser um dos piores do país".

 

O presidente da Seccional contou que a maioria esmagadora das críticas e angústias dos advogados que chegam à Ordem diz respeito ao mau funcionamento do Judiciário, sobretudo na área trabalhista. "E não há paciência que resista a um sistema que não funciona, a audiências que sempre se atrasam e não se realizam às sextas-feiras, tornando a Justiça cada vez mais morosa”, acrescentou, ao explicar que não se está exigindo "nada que não seja justo, legítimo e necessário ao exercício profissional e à cidadania".  Wadih lembrou que o diálogo e a mobilização já conquistaram diversas vitórias - como o fim da revista no Fórum Central - em outras esferas do Judiciário, mas os impasses no TRT permanecem sem solução.


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