03/08/2018 - 21:00

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Seccionais aderem à Campanha pela Memória

03/08/2018 - 21:00

Seccionais aderem à Campanha pela Memória

Seccionais aderem à Campanha pela Memória

 

Conselho Federal e doze estados encampam movimento pela abertura dos arquivos da ditadura

 

 

O Conselho Federal e 12 seccionais da Ordem já aderiram à Campanha pela Memória e pela Verdade liderada pela OAB/RJ em prol da abertura dos arquivos da ditadura militar. O movimento, deflagrado em ato público realizado em abril, pretende mobilizar a sociedade civil para pressionar as autoridades a dar conhecimento do que aconteceu e quem foram os responsáveis pelas torturas e desaparecimento de presos políticos.

 

Minas Gerais, Pará, Maranhão, Bahia, Piauí, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso e Ceará, além da OAB Nacional, firmaram parceria institucional com o Rio para o recebimento dos vídeos da campanha, protagonizados por Fernanda Montenegro, José Mayer, Glória Pires, Mauro Mendonça, Eliane Giardini e Osmar Prado interpretando desaparecidos políticos e cobrando o direito de suas famílias saberem o que aconteceu com eles.

 

Para o presidente da Seccional do Maranhão, Mário Macieira, neto da líder comunista Maria Aragão, ícone da luta contra a ditadura, a campanha "traduz o direito do povo brasileiro de conhecer sua própria história, para não repetir os erros do passado e não mais ceder às tentações do autoritarismo". Macieira defende também o "direito inalienável, fundamental, de as famílias sepultarem seus mortos".  Em agosto, a OAB/MA deverá incluir o debate do tema no Seminário Ibero-americano de Direitos Humanos que se realizará em São Luís.

 

No Pará, um dos primeiros estados a se integrar à campanha, o presidente da Seccional, Jarbas Vasconcelos, disse que a transição democrática no país se deu "sem o necessário ajuste de contas com a história, sem o abraço com a verdade que trará a verdadeira pacificação nacional". Na opinião dele, "enquanto essa verdade não vier à tona, vamos continuar a conviver com os crimes de tortura que continuam ocorrendo nos presídios e nas delegacias do país, porque a cultura do respeito aos direitos humanos tem que ser institucional".


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