03/08/2018 - 21:00

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Tribuna Livre

03/08/2018 - 21:00

Tribuna Livre

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A demora no andamento dos processos e os constantes atrasos nas audiências foram as principais críticas feitas pelos advogados ouvidos pela reportagem da TRIBUNA DO ADVOGADO durante visita ao XXIV Juizado Especial Cível, localizado no Fórum da Barra da Tijuca. O baixo número de funcionários e as sessões marcadas em intervalos muito pequenos foram as causas apontadas para os problemas.

 

 

Celeridade

Um dos principais fundamentos do juizado especial cível, que é dar celeridade à Justiça,  não está sendo cumprido. Na realidade, ficou só na teoria. As pessoas ficam aglomeradas aguardando e a lentidão é absurda. Definitivamente a proposta não está sendo cumprida.

 

Fernanda Miranda Caram, advogada, 24 anos

 

 

Mutirões

A maior reclamação nos juizados especiais é em relação ao andamento dos processos. Os cartórios, principalmente aqui na Barra, são muito lentos. A decisão de criar os mutirões foi, sem dúvida, um ponto positivo, mas, apesar de estarem ajudando, ainda há muito o que melhorar.

 

Gustavo Valente Bittencourt, advogado, 34 anos

 

 

Lentidão

O grande problema dos juizados, especialmente o da Barra, é a lentidão. A demora é de seis a oito meses para juntar qualquer tipo de petição. Recentemente foi organizado um mutirão que não adiantou muito, visto que, não raro, audiências marcadas para 11h só começam por volta das 17h.

 

João Vitor Rodrigues de Oliveira, advogado, 27 anos

 

 

Falta de funcionários

Os cartórios dos juizados especiais são morosos. Os juízes têm boa vontade e a demora se dá também por falta de funcionários, mas algo tem que ser feito. Atuo em toda a Zona Oeste e na Barra é onde há mais dificuldade. Está complicado advogar aqui.

 

Willian Salustiano Souza, advogado, 29 anos

 

 

Mandados de pagamento

A demora para se receber um mandado de pagamento chega a seis meses e os atrasos nas audiências são intoleráveis. Após o fechamento da unidade do Recreio, o acúmulo de processos aqui colaborou para a desorganização, o que faz com que os juizados percam a função original de dar mais celeridade à Justiça.

 

Patricia Vianna de Araújo Fuly, advogada, 38 anos

 

 

Atrasos

Hoje, tinha uma audiência agendada para 11h30 e quando cheguei, dez minutos antes, ainda chamavam a de 9h30. Um atraso de quase duas horas.  Isso se dá porque as audiências são marcadas em intervalos de 10 ou 15 minutos, tempo insuficiente até mesmo para preencher a pauta com o nome dos presentes.

 

Marcus Senna Calumby, advogado, 27 anos

 

 

Acúmulo de processos

Como os juizados estão com excesso de processos, precisamos de mais vivacidade dos juízes. Muitos advogados estão fugindo dos juizados especiais. Eu mesmo já prefiro não trabalhar aqui. Toda vez  que uma ação minha pode correr nas varas cíveis, faço esta opção.

 

Carlos Augusto Rodrigues, advogado, 53 anos

 

 

Filas

As filas nos cartórios são intermináveis, e a lentidão é absurda. Os mutirões deram mais celeridade aos processos, mas é preciso com urgência resolver o grave problema da falta de funcionários, já que a demanda é imensa. Hoje, o advogado leva muito tempo para receber os mandados de pagamento e até as tutelas antecipadas estão demorando a ser deferidas.

 

Maria Rita Gomes Siqueira, advogada, 28 anos

 

 

Função

Os juizados perderam sua função. Há muitos juízes  morosos e conciliadores incapazes. Em algumas situações, uma audiência de conciliação, que deveria durar 20 minutos, chega a se estender por mais de uma hora.

 

Jansen Ribeiro da Silva, advogado, 39 anos


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