17/06/2015 - 16:20

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Inclusão digital, uma prioridade

17/06/2015 - 16:20

Inclusão digital, uma prioridade

Esforço de capacitação dos colegas foi coroado em fevereiro com inauguração de escola, a primeira do país. Até maio, 23 cursos foram ministrados
 
A preparação da advocacia para lidar com a era digital da Justiça tem sido uma prioridade da OAB/RJ. O ápice desse programa de longo prazo empreendido pela gestão, reforçando e dando continuidade ao trabalho iniciado em 2007, foi a inauguração da Escola de Inclusão Digital Eugênio Haddock Lobo, no dia 26 de fevereiro deste ano – uma iniciativa pioneira no Brasil.

Instalado no 8º andar do prédio-sede, o espaço conta com 70 computadores, laboratório de informática planejado especialmente para cursos, estúdio para gravação e transmissão das aulas e serviços de digitalização e instalação de programas. “Esta escola é um símbolo do que queremos, uma Ordem moderna e dinâmica. Estamos enfrentando nos últimos cinco anos o grande desafio da nossa vida profissional que é o processo eletrônico, uma mudança de paradigma do que é advogar e da relação com nosso trabalho. Ocupamos essa lacuna e aceitamos a tarefa. É um trabalho de muitos e que vem sendo construído com muito carinho,” destacou na inauguração o presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz. Até maio de 2015, com menos de três meses de existência, já haviam sido ministrados 23 cursos para 506 colegas, e em junho seriam mais 12.
Para a diretora de Inclusão Digital da Ordem, Ana Amelia Menna Barreto, a abertura da escola coroa um longo trabalho. “Esse novo ambiente é fruto do amadurecimento de um projeto de anos. A prioridade eleita pela inclusão digital dos advogados foi elevada ao nível de diretoria pelo presidente Felipe Santa Cruz como forma de concentrar todas as ações e iniciativas inclusivas da OAB/RJ. O Conselho Federal reconheceu o conjunto de iniciativas vitoriosas, adotando nosso projeto como modelo para outras seccionais”, afirmou Ana Amelia. 
 
“À medida que os sistemas informatizados evoluem, reavaliamos as necessidades advindas dessas mudanças para oferecer novas modalidades de capacitação. Os cursos Navegando no TJ e Justiça trabalhista foram fruto dessa percepção. A necessidade de conhecimento de microinformática para a preparação e envio de documentos digitalizados inspirou o módulo de informática básica para o processo eletrônico, oferecido em caráter especial para nossos colegas da terceira idade”, completou. Além de tornar-se referência nacional em inclusão digital, em 2013 a campanha da Seccional foi homenageada na 10ª edição do Prêmio Innovare.

Os livros da biblioteca que funcionava no 8º andar foram doados ao Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), em parceria com a Caarj, passando a compor aquele que é considerado hoje o maior acervo jurídico do país. Haddock Lobo, que dá nome à escola, comandou a Seccional entre 1977 e 1979.

A Escola de Inclusão Digital abriga, ainda, a Central de Peticionamento, que até então funcionava no térreo da Seccional, além de uma oficina onde funcionários fornecem e instalam gratuitamente todos os programas necessários para peticionar eletronicamente. Já no primeiro mês de funcionamento, foram efetuados mais de quatro mil atendimentos na nova central. Ao longo de 2013, 19.200 advogados foram recebidos. Em 2014, o número subiu para 23 mil. Até maio deste ano, já foram registrados mais de sete mil.

Casas e salas do advogado
A escola faz parte de um trabalho iniciado há oito anos pela Seccional a fim de dar aos advogados as condições necessárias para que não sejam alijados na profissão após a implantação da Justiça digital. Com o projeto OAB Século 21, idealizado pelo então diretor do Departamento de Apoio às Subseções (DAS) e hoje presidente da Seccional, Felipe Santa Cruz, a OAB/RJ, juntamente com a Caarj, modernizou salas e sedes de subseções em todo o estado, inaugurou as centrais de atendimento, núcleos digitais e as casas do advogado Paulo Saboya e Celso Fontenelle, para atender profissionais que militam no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e no Tribunal de Justiça (TJ), respectivamente. 
 
Também foram distribuídos gratuitamente tokens (o dispositivo necessário para que os computadores reconheçam a assinatura digital do profissional), e desenvolvidas as aulas gratuitas sobre peticionamento, agora ampliadas. O site da Ordem (www.oabrj.org.br) conta, há cinco anos, com um painel que reúne informações, programas e manuais para facilitar a certificação. O projeto caminha junto à transição para o processo eletrônico. Em 2013, a Diretoria de Inclusão Digital, criada na atual gestão, deu início à Oficina de informática básica para o processo eletrônico. Apenas nos dois primeiros meses, o curso, gratuito, capacitou cerca de 300 colegas para utilizar o computador de forma de que possam peticionar eletronicamente com maior segurança.
 
A inclusão digital em números:
2013
Atendimentos na Central de Peticionamento (Seccional): 19.200
Cursos de peticionamento eletrônico: 54
Advogados capacitados: 8.183
Acessos online: 8.283
 
2014
Atendimentos na Central de Peticionamento (Seccional): 23.000
Curso de Peticionamento Eletrônico: 29
Oficina de Informática Básica: 31
Advogados capacitados: 4.710
Advogados capacitados através do sistema telepresencial: 1.800 

2015
Atendimentos na Central de Peticionamento (Seccional): 7.083
Cursos ministrados na Escola de Inclusão Digital: 23 (até maio). Em junho, mais 12 programados

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