03/08/2018 - 21:00

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Tribuna Livre

03/08/2018 - 21:00

Tribuna Livre

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A lentidão no andamento dos processos e os problemas no atendimento foram as reclamações recorrentes dos advogados e estagiários que falaram à TRIBUNA DO ADVOGADO no Fórum central. Na próxima edição, nossa reportagem ouvirá os colegas no Tribunal Regional do Trabalho.

Serventuários

 Faltam serventuários nos cartórios. As petições demoram a ser juntadas e, quando reclamamos, eles falam que é por falta de funcionário e que ainda estão trabalhando nas petições do mês anterior. Acho que é preciso pensar em alguma ação de incentivo aos funcionários ou até mesmo requisitar mais serventuários.

Francine Suhett, advogada, 26 anos


Descaso

Algumas varas cíveis são tão morosas que levam ate dois meses para receber uma inicial e dar um despacho. São poucos os cartórios que realmente se interessam em colocar nosso processo para andar. O funcionário ainda trata com descaso o advogado, que acaba tendo que estar presente constantemente para cobrar o andamento de suas causas, mesmo com toda a informatização. Mas tenho elogios a alguns juizados cíveis, que nos meus processos têm sido céleres.

Mônica Dinelli, advogada, 46 anos


Atrasos

Não há a menor regularidade nos horários de audiência nos juizados especiais cíveis. Hoje eu tinha uma marcada para 10h30, que acabou adiada para 14h30. É inviável esperar quatro horas por uma audiência. Percebo que essa reclamação é reincidente conversando com alguns colegas e o que esperamos, na verdade, é o resultado prático dessas queixas, que pode ser obtido com o aumento do número de juízes leigos ou com a regularização da marcação de horários.

Edílson Alves Machado, advogado, 43 anos


Demora

Algumas varas aqui são boas, como a 51ª. Mas em outras, como na 4ª Vara Cível, a lentidão impera. Você distribui uma ação hoje e leva meses para sair um mandato de citação. O maior problema, no geral, é a demora. O juizado da Barra da Tijuca, por exemplo, tem poucos funcionários e é muito lento. No do Jardim Botânico, não conseguimos nem mesmo encontrar os juízes às sextasfeiras.

Daniel Jacques Benuzio, advogado, 29 anos


Recompensa

O problema é que acabamos não ganhando dinheiro. Com essa demora, esse processo problemático, juízes que protelam e demoram três, quatro meses para dar um despacho, o advogado acaba não sendo recompensado adequadamente. Esperamos que, com nossas recorrentes reclamações, possamos perceber alguma melhora no funcionamento da Justiça.

Oséas Duarte Neves, advogado, 71 anos


Padronização

Falta padronização nos cartórios. Cada um trabalha de um jeito. Então, se existe uma norma, uns respeitam e outros não. Dessa forma, fica difícil para os advogados saberem onde se cobra o quê, quem trabalha certo e quem trabalha errado. E a fila do Proger, que já é uma reclamação antiga, continua na mesma morosidade.

Carlos Eduardo Nolasco, estagiário, 36 anos


Demanda

Acredito que as varas por vezes não conseguem atender a grande demanda de processos e acabam criando um abismo entre a população e o Poder Judiciário. Tenho petições de abril, por exemplo, que ainda não foram anexadas. Leva-se até dez meses para juntar um cálculo e ele acaba, assim, perdendo sua atualidade. E os JECs, que representariam a grande democracia do Poder Judiciário, não são valorizados e acabaram virando uma grande dor de cabeça.

Renê Entriel, advogado, 48 anos


Desrespeito

Alguns conciliadores são excelentes, mas outros faltam com o respeito aos advogados. Essa falta de decoro tem se tornado um grande problema para quem milita, principalmente nas varas cíveis. É de extrema necessidade que promova uma mudança no comportamento desses profissionais, pois é inadmissível a forma como, por vezes, somos tratados.

Simone Magalhães, advogada, 40 anos


Morosidade

Aqui no TJ leva-se muito tempo para julgar um processo. Toda a tramitação é morosa. Fora a grande dificuldade do advogado de ter acesso a própria Justiça em tempo hábil para satisfazer o cliente. Chegamos a esperar meses por uma conclusão de tramitação com um juiz. Isso é um verdadeiro absurdo.

Atanagildo dos Santos ,advogado, 61 anos


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