15/12/2014 - 18:30

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No novo livro de McEwan, os dilemas morais de uma juíza da corte superior

15/12/2014 - 18:30

No novo livro de McEwan, os dilemas morais de uma juíza da corte superior

MARCELO MOUTINHO    
Autor de obras-primas como os romances Reparação e Na praia, Ian McEwan envereda pelo universo jurídico no novo livro. Em A balada de Adam Henry, o autor inglês narra a história de Fiona Maye, juíza do Tribunal Superior cujo cotidiano é bagunçado quando o marido sai de casa para viver “uma grande paixão”.

Fiona, especializada na área de Família, lida com processos turbulentos como o dos irmãos siameses que precisam ter os corpos separados para que ao menos um sobreviva, ainda que sob a condição da morte do outro. Ou o de Adam Henry a que alude o título em português. À beira da maioridade, Adam tem leucemia e necessita da transfusão de sangue recusada pelos pais, testemunhas de Jeová.

Para elaborar o romance, lançado no Brasil pela Companhia das Letras, McEwan pesquisou processos que foram de fato levados a cabo nas cortes britânicas. No livro, o escritor expõe os dilemas dos magistrados frente a decisões complexas, nas quais há quase sempre um componente moral. E volta a questão presente em outras de suas histórias: a debilidade do que parece estável ante o contingente. Estamos permanentemente a poucos passos do precipício, sugere Ian McEwan. Não à toa ele é chamado de Ian McAbro.

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