15/03/2016 - 18:18

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Você se sente preparado para as mudanças decorrentes da implantação do novo CPC?

15/03/2016 - 18:18

Você se sente preparado para as mudanças decorrentes da implantação do novo CPC?

Com a sanção da Lei 13.105, em 16 de março de 2015, o novo Código de Processo Civil entra em vigor em 18 de março. Diversas medidas têm sido tomadas, inclusive pela OAB/RJ, com o objetivo de preparar os advogados para as mudanças no cotidiano profissional. Por isso, a TRIBUNA foi até a Casa do Advogado Celso Fontenelle para saber a opinião dos colegas:

“Basta estudar, com a experiência dá para se adequar. Claro, no início é possível que surja alguma dificuldade, especialmente para os mais velhos, já que os mais novos têm mais facilidade. Mas sou favorável, já não era sem tempo que essas mudanças fossem feitas. Havia muitos obstáculos que entravavam os processos. Creio que, mesmo sem ser o ideal, vai melhorar muito”.
José Antonio Alves Filho, advogado, 69 anos

“Acho que a questão também é o Judiciário estar preparado para a demanda. Hoje temos muitos problemas em relação ao andamento de processos. Criaram o processo eletrônico, que agiliza por um lado, mas por outro quando o sistema está parado nada funciona. Quanto aos advogados, precisamos sim nos atualizar e estar mais preparados. Estou terminando a faculdade agora e sinto dificuldades, a universidade não prepara para tudo. Quem não está no mercado aprendendo não está apto a trabalhar. Tudo depende de, a cada dia, buscar mais conhecimento.”
Michele Torquemada, estagiária, 31 anos

“Sim, na minha opinião os advogados são guerreiros, estamos sempre preparados para qualquer desafio. Que venham as mudanças com o novo CPC. São alterações importantes, que irão contemplar mais pessoas no que diz respeito ao acesso à Justiça. Nós advogados precisamos estar mais preparados, e certamente estaremos.”
Ana Carolina Lima, advogada, 34 anos

“Sim, com certeza estamos. As mudanças promovidas pelo novo CPC irão agilizar os processos. Se o colega estudar, não haverá problemas. Já consultei esse código antes de ser aprovado, quando ainda era um projeto. É uma questão de ler, pesquisar, e aí as coisas se tornam mais fáceis. A população precisa que a Justiça seja ágil e que o advogado seja competente.”
Alberto Pereira de Almeida, 74 anos

“Não vejo muita dificuldade, nem eu, nem meu filho, que também é advogado. É uma questão de mera adaptação para quem já vem atuando na advocacia, e algumas mudanças vieram para melhorar, não para dificultar. Ao contrário, estou muito esperançoso no sentido de que o processo seja mais célere, o que foi justamente a intenção da reforma do CPC. Agora, na prática é que vamos ver realmente a extensão desses benefícios para o processo, para o trabalho da advocacia e para todo cidadão que depende da Justiça.”
Osmundo de Jesus Guerra, advogado, 54 anos

“Acho que os advogados irão se adaptar às mudanças na medida em que os casos concretos forem apresentados, e também houver a aplicação das hipóteses concretas ao novo CPC. O novo Código Civil foi uma prova disso. No começo há um pouco mais de dificuldade, porém muito mais rápido do que se imagina a gente vai se habituando com o novo ordenamento, não tenha dúvida.”
Marco Antonio Rosa, advogado, 54 anos

“Sou militante há 15 anos, e por isso sempre faço cursos de atualização, estou sempre lendo. Mas, na minha opinião, tudo é a prática, não adianta ler, fazer cursos, sem praticar. Haverá mudanças ótimas, outras não tão boas, é até difícil falar de modo geral. Ainda há muito para melhorar, inúmeras ações tornam-se lentas desnecessariamente. É um absurdo um mandado de pagamento demorar três, quatro meses para sair, e mesmo dentro do processo eletrônico.”
Glacy Rosa Rinaldi, advogada, 42 anos
 
 
 
 
 

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