12/02/2016 - 12:17

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Direitos humanos: nas demandas, efeitos da seca, PM, índios e menores

12/02/2016 - 12:17

Direitos humanos: nas demandas, efeitos da seca, PM, índios e menores

A Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ começou 2016 com a atuação firme que tem marcado a gestão. Recém-chegado de uma viagem pelo sertão nordestino, para colher informações para a Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB sobre os efeitos da seca na população, o presidente do núcleo, Marcelo Chalréo, já participou, também, de encontros para discutir possíveis abusos na ação da Polícia Militar do Rio de Janeiro na chamada Operação Verão, e acompanha o processo sobre a morte do adolescente Wesley Daniel Santos, ocorrida em dezembro passado durante troca de tiros no Jacarezinho, Zona Norte carioca. “É um início de ano já com muitas demandas e preocupações”, diz.

Em relação à sua passagem pelo sertão de Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia, Chalréo compara algumas situações encontradas com uma outra pauta da comissão: a sensibilização de autoridades em relação aos assassinatos de índios do Mato Grosso do Sul por fazendeiros da região.

“As reservas indígenas estão sendo pressionadas fortemente pelo agronegócio. E a situação que encontramos no sertão nordestino também está muito ligada a ele. Recebemos denúncia de que agrotóxicos estão sendo usados dentro dos rios para a limpeza de tanques, envenenando o meio ambiente”.

Já a Operação Verão, que inclui a revista de menores considerados “em situação de risco social”, é acompanhada, segundo ele, por um grupo composto por entidades da sociedade civil, do qual a comissão faz parte. “É um trabalho coletivo para pressionar no sentido de que essas ações sejam transparentes e sem abusos”.

Com um novo vice-presidente, o advogado André Barros, a comissão se fez presente também nas manifestações de janeiro contra o aumento na tarifa dos ônibus no Rio.

Chalréo promete ainda manter programas que vêm rendendo bons frutos, como o Diálogos de direitos humanos, no qual membros da comissão passam o dia em uma comunidade discutindo questões importantes para os moradores: “É um programa de aproximação e que ao mesmo tempo nos permite ajudar em algumas lutas comunitárias”.
 

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