03/08/2018 - 21:02

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Exame de Ordem

03/08/2018 - 21:02

Exame de Ordem

“A opinião do presidente Wadih Damous, no artigo O nó da questão, publicado no Jornal do Commercio de 13 de julho, está a merecer os nossos parabéns por sua pertinente e interessante assertiva, quando coloca como o nó da questão a precariedade do ensino, e não o exame em si.  Acrescentamos que a hipótese nos remete a uma parábola, pois ilustra uma situação de natureza ética indireta, ao remetermos a questão para a esfera dos concursos públicos de ingresso nas carreiras afetas ao Judiciário. Se o nó da questão estivesse somente na precariedade do ensino, tal circunstancia justificaria a pouca aprovação nesses concursos públicos, nunca se preenchem as vagas ofertadas, as aprovações são mínimas. Porém, muitas vezes os aprovados, tornam-se injustos, prepotentes e não têm pudor em não cumprir as suas próprias funções, me perdoem a generalização, pois existem exceções. Será que os melhores e mais preparados se tornam, também, após aprovados, os mais preparados e melhores? O cotidiano não nos mostra isso, não cansamos de ver, embora a vista grossa seja o imperativo, o negligenciar do próprio exercício funcional, transmudando a investidura e delegando a quem não se concursou a própria tarefa de ‘julgar’, ‘defender’, ‘denunciar’ etc. (...). O nó da questão é mais profundo”.
Odir de Araujo Filho (OAB/RJ 64.645)

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