22/01/2013 - 14:00

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Marcus Vinícius Cordeiro, Secretário-geral: Experiência e paixão pelo mundo das artes

22/01/2013 - 14:00

Marcus Vinícius Cordeiro, Secretário-geral: Experiência e paixão pelo mundo das artes

O secretário-geral Marcus Vinicius Cordeiro gosta de contar uma experiência pessoal marcante para a escolha da advocacia como profissão. Nos idos de 1969,  seu pai, dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB), perseguido e preso pela ditadura, estava sendo julgado pelo Tribunal Militar. O defensor Modesto da Silveira, apontando para Marcus, então com 9 anos, e os irmãos, ainda vestidos com o uniforme escolar, encerrou a defesa afirmando que a maior aula de Moral e Cívica (matéria obrigatória naqueles tempos) que poderiam ter seria a absolvição do chefe da família. “Óbvio que o apelo não surtiu efeito para os militares, mas em mim despertou a vontade de um dia utilizar a palavra como instrumento para questionar o poder”, diz.
 
A militância política começou para Marcus Vinicius aos 17 anos, quando, seguindo os passos do avô e do pai, ingressou no PCB. Fez movimento estudantil e chegou a presidir  o Diretório Acadêmico Rui Barbosa, da Faculdade Cândido Mendes. O envolvimento nas lutas contra a ditadura, pela anistia, pelo fim da censura e pelo Estado Democrático de Direito fortaleceu a vocação para a advocacia. 
 
Foi diretor da Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas (Acat), na gestão de Calheiros Bomfim, diretor do Sindicato dos Advogados e membro da Comissão da Justiça do Trabalho no Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB). No sindicato iniciou a convivência com Wadih, auxiliando na unificação do grupo de oposição à antiga direção da OAB/RJ. Fascinado pelo mundo das artes, esteve à frente do Departamento de Cultura e Eventos da Seccional. Considera sua realização nesta área o lançamento do livro Reminiscências Jurídicas de Machado de Assis, reunindo contos do grande escritor que envolvem o mundo jurídico.
 
No segundo mandato, foi escolhido para representar a advocacia do Rio de Janeiro no Conselho Federal, o que considera “uma notável experiência pela possibilidade de contato com advogados de todo o Brasil, acarretando um conhecimento melhor da categoria”. Agora, como secretário-geral da Seccional, além das tarefas próprias do cargo pretende levar à diretoria proposta de uma “agenda de realizações” para fazer o advogado participar mais da entidade. “A intenção é a de que cada advogado encontre a OAB que lhe diga respeito, nela reconhecendo um espaço que é seu também. Para tudo e tanto, creio que somente o trabalho coletivo tornará isso possível”, salienta.
 

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