Diálogo e cobrança

 

A matéria de capa da edição anterior da TRIBUNA foi sobre a visita do desembargador Luiz Zveiter à OAB/RJ, no dia 4 de maio, para ouvir críticas e sugestões de diretores da Seccional e  presidentes das subseções. Ainda no mês de maio, as quatro Tribunas Regionais - voltadas para as subseções da capital, da Baixada Fluminense, de Niterói e dos municípios próximos; e, por fim, para as demais subseções - tiveram como centro a visita de Zveiter. Nelas, lembramos as principais reivindicações apresentadas e as perspectivas de solução dos problemas apontadas ao presidente do Tribunal de Justiça.

Mesmo sem ter havido ainda uma mudança significativa nessas mazelas - inclusive porque, admitimos, o tempo foi curto - reconhecemos e valorizamos a atitude de Zveiter, comparecendo à OAB/RJ para ouvir as ponderações dos legítimos representantes dos advogados.

 

Pois, da mesma forma como não nos furtamos a criticar magistrados quando estes desrespeitam as prerrogativas dos advogados ou não cumprem corretamente suas funções, não deixamos de registrar de forma positiva comportamentos que devem ser valorizados. É o que fazemos, aqui, em relação ao desembargador Zveiter.

Esse reconhecimento, porém, não pode significar silêncio diante das mazelas do Judiciário ou das dificuldades enfrentadas no dia a dia pelos advogados.

 

O péssimo funcionamento do Proger - um dos temas daquela reunião com Zveiter - volta a ser abordado nesta edição da TRIBUNA.

 

Assim, a capa desta edição traz uma foto ilustrando a fila gigantesca, com a sugestiva manchete: "Proger - Calvário para os advogados"”. Na página 4, apresentamos uma reportagem sobre o assunto.

 

Na página 5 trazemos, ainda, matéria elaborada a partir de conversas com advogados nos corredores do Fórum. Nela, afirma, repleto de razão, Sérgio Fisher, nosso vice-presidente: "As queixas são generalizadas e os problemas, gravíssimos".

 

Desde o início de nossa primeira gestão à frente da OAB/RJ, em janeiro de 2007, temos mantido com as autoridades do Judiciário uma relação que tem duas faces. Não é exagero dizer-se que nunca foi tão grande a cobrança da Seccional. Mas tampouco é exagero dizer-se que nunca foi tão profícuo o diálogo mantido com o Judiciário.

 

Esse comportamento, que combina altivez, independência, franqueza e busca de entendimento, tem rendido bons frutos aos advogados - basta ver o fim da odiosa revista na porta dos fóruns.

 

Este é o caminho que continuaremos a seguir.

 

Com ele, estamos certos de obter mais e mais conquistas para os advogados fluminenses.