Wadih: 'A advocacia não se cala e não compactua com a impunidade'

 

Um ato público emocionado, com a participação de cerca de 150 pessoas à porta do prédio da Caarj, antiga sede do Conselho Federal, seguiu-se à sessão em memória do atentado que vitimou dona Lyda Monteiro e pela responsabilização dos culpados. "A advocacia não se cala e não compactua com a impunidade. Esta é mais uma demonstração de força da nossa instituição", declarou o presidente da Seccional, Wadih Damous.

 

O presidente da Caarj, Felipe Santa Cruz, lembrou que, como filho de um desaparecido político, frequentemente é indagado sobre o que pretende ao não permitir que as ilegalidades dos anos de arbítrio sejam esquecidas. "Eu sempre digo que não buscamos revanche, nossa busca é a paz e não há paz com o esquecimento. Só com a conquista da verdade poderemos consegui-la", afirmou.

 

O conselheiro federal Marcus Vinicius Cordeiro seguiu a mesma linha, ao dizer que "a advocacia será sempre a voz crítica da sociedade, e este caso, para nós, ainda não transitou em julgado".

 

Para o presidente do Sindicato dos Advogados, Sérgio Batalha, a investigação dos fatos será uma oportunidade para que "as Forças Armadas se reconciliem com a democracia e a sociedade, limpando a mancha que atinge sua honra e mostrando que não são formadas por criminosos que atentaram contra a vida de civis inocentes".

 

Ao final do ato, Wadih e o ex-presidente do Conselho Federal Eduardo Seabra Fagundes descerraram a placa em homenagem a dona Lyda na entradado prédio, na qual se lê: "Lembrar para que nunca mais volte a acontecer".