03/08/2018 - 21:03

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TKCSA apresenta suas razões

03/08/2018 - 21:03

TKCSA apresenta suas razões

Em entrevista à TRIBUNA, Bianca Wien Prado, do Departamento Jurídico da empresa, refuta as acusações dos pesquisadores

Os pesquisadores da Fiocruz firmaram um laudo técnico, encomendado e endossado pela fundação em que trabalham. O processo judicial por dano moral, individualizado, não pode ser considerado tentativa de intimidação?

TKCSA: (...) Em outubro de 2011, foi divulgado estudo realizado por quatro profissionais da Fiocruz a respeito da CSA e do suposto impacto de suas atividades sobre a saúde humana. A TKCSA não está processando esses quatro profissionais! Apenas um dos quatro funcionários da Fiocruz figura no pólo passivo de uma ação judicial movida pela empresa. Além dele, a TKCSA move duas outras ações judiciais: contra um médico da Fiocruz — distribuída antes de outubro de 2011 — e contra uma funcionária da Uerj, ambas sem qualquer relação com o referido estudo. Nos três casos, o único objetivo da TKCSA é dar a oportunidade de retratação aos três cidadãos em razão de declarações infundadas a respeito dos possíveis impactos das atividades da empresa sobre a saúde humana. A título de exemplo, foi afirmado que a população de Santa Cruz correria o risco de desenvolver casos de câncer e alterações fetais. (...) Esse tipo de afirmação foi veiculada sem que uma visita tenha sido realizada à empresa e, pior, fazendo-se referência à literatura sobre o processo siderúrgico da década de 1970, e não sobre a realidade da TKCSA. Se a intenção da TKCSA fosse intimidar pesquisadores, o lógico teria sido processar todos os quatro profissionais que subscrevem o estudo. Para a empresa, o importante é esclarecer que não há indícios de que as atividades industriais expõem a população do entorno a quaisquer riscos de saúde. Inclusive, caso seja arbitrada pelo juiz qualquer penalidade pecuniária a qualquer dos três processados, os valores serão revertidos para entidades de assistência social em Santa Cruz.

Os pesquisadores da Fiocruz dizem que apenas repetiram em audiências públicas e entrevistas as conclusões presentes em seus relatórios técnicos. Em que momento, para a TKCSA, eles teriam cometido o crime de dano moral?

CSA: Toda pessoa tem o direito à livre expressão de suas opiniões. A TKCSA entende que, no caso concreto, os três indivíduos em questão divulgaram informações inconsistentes do ponto de vista técnico e completamente desconectadas da realidade. A consequência desses atos impensados foi a criação de pânico entre funcionários da TKCSA e moradores da região de Santa Cruz que começaram a indagar, dentre outros, se poderiam continuar a morar na região e se o local seria seguro para seus filhos. A TKCSA apenas deseja que haja o reconhecimento de que tais declarações não correspondem à verdade dos fatos, ou seja, de que não existe base científica para concluir que a atividade da CSA possa causar danos à saúde.

A TKCSA dispõe de laudos de instituições independentes que se contrapõem aos laudos dos técnicos da Fiocruz?

CSA: A TKCSA dispõe de diversos laudos técnicos independentes que refutam por completo as alegações teóricas constantes do estudo dos funcionários da Fiocruz. Esses elementos serão apresentados à Fiocruz, instituição séria e que merece, por parte da empresa, total apoio para que tenha condições de continuar o importante trabalho na área de saúde. Como exemplo prático da inconsistência produzida pelo estudo divulgado em outubro, confirmamos que a TKCSA não emite os compostos citados na literatura especializada como substâncias relacionadas — a partir de exposição prolongada a altas concentrações — a alterações hematológicas para as quais, em casos raros e extremos, há relatos de evolução de doenças. Justamente por ser uma siderúrgica moderna, que incorporou o que há de melhor na tecnologia mundial, a TKCSA construiu a sua unidade da Coqueria com a tecnologia de recuperação de calor, o que permite a queima e eliminação por completo dos elementos voláteis presentes no carvão. Justamente por isso, a TKCSA não emite substâncias que poderiam — em determinadas situações — produzir casos de câncer e outras doenças. Infelizmente, os responsáveis pela elaboração do estudo não visitaram a TKCSA e nem requisitaram informações sobre o nosso processo produtivo. Isso talvez explique as discrepâncias entre o referido estudo, baseado em casos passados, e a realidade dos fatos no que se refere à TKCSA.


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